segunda-feira, 25 de abril de 2016

AC/DC, Axl Rose e os Portugueses



Tenho que confessar que os AC/DC nunca foram das minhas bandas favoritas, o que não invalida que os considere como uma das maiores de sempre. Cheguei mesmo a comprar dois álbuns deles quando era mais novo. Pouco, para me considerar um verdadeiro fã. Não obstante, porque não se trata de medir a minha dimensão de apreciação ao grupo australiano, fiquei impressionado com o clima de consternação e verborreia a decorrer nas redes sociais em relação ao facto de a banda ter anunciado que a digressão europeia terá Axl Rose como vocalista, substituindo Brian Johnson devido a problemas de saúde relacionados com audição.

Bem, já não é a primeira vez que o infortúnio bate à porta dos AC/DC no que respeita à voz da banda; Bon Scott, o segundo vocalista (que substitui Dave Evans, considerado como inapto ao estilo pretendido pelos fundadores, os irmãos Angus e Malcolm Young), faleceu em 1980, depois de 4 anos de glória à frente do microfone do grupo. Uma causa de morte por sinal semelhante à de Jimmy Hendrix.

O português nestas coisas gosta de ser "cabrão". Basta identificar uma alínea no contrato para se sentir enganado, mas raramente lê contratos. Gosta de se armar em contestatário quando 99% das situações em que podia fazer valer a sua voz, fica calado à espera que alguém se insurja primeiro.

Uma coisa que quase garanto: A maioria das pessoas que hoje reivindicam a devolução dos bilhetes comprados para a data do concerto em Portugal – 7 de Maio – não conhecem a história da banda nem sequer a descrição no último parágrafo. Uma coisa que não me admira, é a possibilidade dos mesmos nem conhecerem sequer o nome do vocalista substituído por Axl, nem mesmo o conhecimento prévio de que Brian Johnson já estava doente à algum tempo, o que tornaria previsível a sua substituição. E por fim, aposto que os mesmo nunca compraram um álbum de AC/DC.

O português nestas coisas gosta de ser "cabrão". Basta identificar uma alínea no contrato para se sentir enganado, mas raramente lê contratos. Gosta de se armar em contestatário quando 99% das situações em que podia fazer valer a sua voz, fica calado à espera que alguém se insurja primeiro. Negligente em condição e descuidado em conhecimento, o português quando fala, geralmente fala mal. Assim, dá azo ao espectáculo de estupidez que tive o cuidado de retirar de um site. Clique para ler.